Definição de Ética – A ética tenta distinguir o bem do mal, ou seja o que nos convém (bem) e o que não nos convém (mal). Mas, é difícil saber distinguir o bem do mal porque afinal de contas uma coisa pode ser boa num aspecto e sob outro, ao mesmo tempo, pode ser má, por exemplo o fogo, pode ser-nos útil para nos iluminar num local sem electricidade mas se tocarmos nele pode-nos causar queimaduras muito graves. Então é a Ética que nos ajuda a saber o que devemos fazer, ou seja, a Ética é uma reflexão moral sobre o que devemos ou não fazer para que tenhamos uma vida boa (sendo vida boa o que nós realmente queremos e uma vida partilhada com pessoas do nosso lado e tratando-as como pessoas que são e não como coisas, ou seja, se eu tratar alguém como uma coisa, então não terei uma vida boa, visto que estarei supostamente a viver com coisas e por isso estarei sozinha, na solidão); mas também é a reflexão sobre os nossos problemas com os quais se deparam connosco, como o caso do aborto, por exemplo. Por todos estes motivos, podemos concluir que a ética é uma das bases de qualquer educação, porque nos ajuda a tornar uma pessoa e não uma coisa, ou seja, uma pessoa é um fim em si mesma, não pode ser utilizada como um objecto para chegar a um objectivo, mas as coisas têm um valor relativo porque dependem geralmente de uma pessoa (no caso da caneta, se uma pessoa não a utilizar, não terá qualquer valor). A ética tem o objectivo de estimular o desenvolvimento de livres pensadores, ou seja, estimular o humano autónomo, que saiba pensar por si. Um dos grandes temas de debate da ética é o sentido de liberdade (o poder que alguém tem de dizer que sim ou que não, e ter a consciência de que qualquer que seja a nossa decisão, temos de ser responsáveis pelas consequências que essa escolha possa trazer, portanto, liberdade está relacionada com a responsabilidade). A reflexão ética exige esforço, paciência e atenção, para nós conseguirmos reflectir progressivamente o mais correcto possível.

Definição de moral – Etimologicamente a palavra moral está ligada aos costumes (costume é uma espécie de rotina, por exemplo, todos os dias úteis, quando não estou de férias, costumo levantar-me e preparar-me para a escola) e também com as ordens. Moral é um conjunto de normas que costumamos aceitar como válidas.

Distinção entre ética e moral – Moral é um conjunto de normas que aceitamos como válidas; ética é a reflexão moral sobre o porquê de considerarmos tais normas válidas.



O etnocentrismo é a atitude característica de quem só reconhece legitimidade e validade às normas e valores vigentes na sua cultura ou sociedade. Tem a sua origem na tendência de julgarmos as realizações culturais de outros povos a partir dos nossos próprios padrões culturais, pelo que não é de admirar que consideremos o nosso modo de vida como preferível e superior a todos os outros. Os valores da sociedade a que pertencemos são, na atitude etnocêntrica, declarados como valores universalizáveis, aplicáveis a todos os homens, ou seja, dada a sua "superioridade" devem ser seguidos por todas as outras sociedades e culturas. Adoptando esta perspectiva, não é de estranhar que alguns povos tendam a intitular-se os únicos legítimos e verdadeiros representantes da espécie humana.

Quais os perigos da atitude etnocêntrica? A negação da diversidade cultural humana e, sobretudo os crimes, massacres e extermínios que a conjugação dessa atitude ilegítima com ambições económicas provocou ao longo da História.

Relativismo- aceita e respeita a diversidade cultural; cada cultura só pode ser avaliada apartir de dentro, isto é dos seus valores, ideias e padrões do comportamento.



Pessoa como sujeito moral - o ser humano é um ser adotado de razão e capaz de realizar ações voluntárias, conscientes e intencionais. Só nesta condição se pode falar de um ser moral de uma pessoa. A pessoa constitui por si mesma um dinamismo próprio de um ser livre, singular, autónomo, responsável, com dignidade e abertura, são estas características que permitem à pessoa(ou não) aderir livremente e conscientemente às normas morais instiuídas. É nestas condições que as suas ações podem ser compreendidas e avaliadas como morais ou imorais e que o sujeito pode ou não ser responsabilizado.

O EU , O OUTRO

O homem é um ser moral (Não nasce com a pessoa é algo que se vai construindo progressivamente, numa relação consigo mesmo, com o outro e com as instituições)

Eu e o outro- esta relação inicia-se com os laços afetivos mãe/ filho ; familia , colegas da escola , de trabalho, pessoas em geral e amigos(conferem ao eu o verdadeiro estuto do ser humano).

Socialização (responsável pelo desenvolvimento do eu) processa-se ba relação com os outros através da linguagem e de outra formas como por ex: afetividade( elemento regulador das relações interpessoais) a amizade, o amor, simpatia vão impulsionar as pessoas a aproximarem-se solidificando as relações positivas que se estabelecem entre o eu e o outro. Mas nem sempre as relações entre o eu e o outro se estabelecem de forma positiva, pondendo surgir conflitos. Assim o outro deixa de ser o proximo e passa a ser o rival, o que se nos opõe , isto pode levar á degradação da relação e á dificuldade de convivência.

Eu E O OUTRO- constituem uma estrutura mais ampla-- sociedade , onde tem que coexistir (necessitam de cumprir regras e atuar em função dos valores intituidos socialmente) . Dever-ser é o conflito do eu(entre aquilo que quer e o que lhe é imposto) ,



NOS E AS INSTITUIÇÕES - Viver em sociedade é igual a integrar-se em instituições organizadas, que protegem, ordenam, formam-nos, promovem-nos, estabelecem o bem-estar comum.

Instituições (Algo que se mantem) --- Comunidade de Pessoas ex: familia, escola, tribunais,etc.  / Estruturas organizadas- ex: monarquia hereditária, direitos da criança, democracia, etc.

Origem das instituições- consciência de uma necessidade coletiva, visa o bem estar comum, alcançar objetivos de natureza social.

Bem coletivo- garantido pelo bom funcionamento das instituições

Instituições

Soluções: As instituições devem permitir às pessoas desenvolver livremente as suas capacidades, permitir que a pessoa cresça (e que não atrofie) ; fazer com que as pessoas sintam a necessidade das instituições(em vez de as suportar)