Problemas urbanos: Condições de vida ( Por causa do mau planeamento / crescimento desajustado da cidade, pode originar problemas de sustentabilidade e reduzir a qualidade de vida das pessoas); Saturação de infraestruturas ( o crescimento da população vai conduzir a uma saturação do espaço e à incapacidade de resposta das infraestruturas. Infraestruturas fisicas, ex: Transportes, rede de distribuição de água e energia ; Sociais: Tribunais, hospitais. ) ; problemas relacionados com Habitação e Habitabilidade ( p. ex: bairros de lata c/ ausência de infraestruturas básicas, apartamentos sem as condições minimas de habitabilidade); Envelhecimento e solidão ( problemas sociais de abandono e solidão) ; Desemprego, pobreza e exclusão social.
Para combater os problemas urbanos, temos de Planos de Planeamento:
PMOT - Planos Municipais do Ordenamento do Território
PDM- PLANO DIRETOR MUNICIPAL ( Instrumento de gestão territorial de nivel local que fixa as linhas gerais de ocupação do território municial.)
Os PDM incluem: PU - Plano de Urbanização ( determinam as áreas destinadas à construção e o tipo de construção a realizar) ; PP - Planos de Pormenor ( Definem as áreas a construir e as áreas abrangidas pelas diversas infraestruturas)
Revitalização urbana através de:
RECRIA, REHABITA, RECRIPH e SOLARH, incentivos que apoiam financeiramente o restauro e a conservação de edifícios degradados com ocupação residencial nas áreas antigas das cidades, pretendendo fazer face ao problema da degradação de edifícios com rendas baixas.
Requalificação urbana ( Alteração funcional de edificios ou espaços, devido à redistribuição da população e das atividades económicas, ou seja, vai ser dado um uso diferente daquele para que havia sido concebido) Programa POLIS ( Programa nacional de requalificação e valorização ambiental das cidades) - importante apoio
Renovação urbana ( demolição total ou parcial de edificios e estruturas, de uma determinada área que é reocupada com funções e por uma classe mais favorecida.
Rede urbana ( conjunto das cidades e das relações que se estabelecem entre elas - as cidades )
Ligações de complementaridade(); ligações de dependência().
A rede urbana portuguesa é desequilibirada porque:
Consequências:
O nosso sistema urbano pode ser caracterizado como :
As dinâmicas territoriais recentes traduziram-se, a nivel do sistema urbano, na afirmação de quarto grandes tendências:
Lugar central: Qualquer aglomeração que fornece bens e serviços à área circundante (o lugar mais central será o que fornece maior número e variedade de bens e serviços)
Bens Centrais: Produtos e serviços oferecidos por um lugar central
Funções centrais: Atividades que fornecem bens centrais.
Bens vulgares: Produtos ou serviços de utilização frequente que se encontram facilmente sem necessidade de deslocações significativas (por exemplo: Pão, bicicleta, carne, consulta médica)
Funções vulgares: Atividades que fornecem bens ou serviços de utilização frequente (bens vulgares) (por exemplo: mercearia, café, sapataria, hipermercado etc)
Bens raros: Produtos ou serviços de utilização pouco frequente que apenas se encontram em determinados lugares (por exemplo: ensino secundário, operação cirúrgica, automóvel)
Funções raras: Atividades que fornecem bens ou serviços de utilização pouco frequente (por exemplo: Companhia de seguros, hospital, universidade etc)
Funções de nível superior: Oferta de funções especializadas e bens raros, como um hospital central. Existem num menor número de centro urbanos e têm maior área de influência
Funções de nível inferior: Funções frequentes, por exemplo um minimercado, existem em grande número de lugares e, por isso, têm menor área de influência
De que forma os transportes influenciam o raio de eficiência de um bem central?
Se existirem bons transportes o raio de influência é maior, uma vez que, mais facilmente a população se desloca para adquirir um bem
O papel das cidades médias:
A forte polarização em torno das duas maiores cidades do pais e a tendência para a urbanização difusa em algumas regiões, são simultaneamente, causa e efeito do desequilibrio da rede urbana portuguesa, que se manifesta tanto pela desigual repartição espacial dos centros urbanos como pelas diferenças no que respeita á sua dimensão demográfica.
Sistema urbano desequilibrado: Muitas cidades pequenas, poucas cidades médias, duas cidades grandes ( áreas metropolitanas que concentram um número elevado de população e têm maior efeito polarizador - criação de pólos atrativos ( pessoas, atividades))
As cidades são cada vez mais os centros organizadores e dinamizadores do território, pelo que se torna indispensável a reorganização e consolidação da rede urbana, na perspetiva de um desenvolvimento equilibrado do território nacional. O contributo das cidades com uma dimensão média é fundamental para criar dinamismo económico e social, proporcionando as vantagens das economias de aglomeração, atraindo atividades económicas e criando condições para a fixação populacional.
Os centros urbanos de média dimensão poderão desempenhar um papel fundamental na redução das assimetrias territoriais, não só pelo desenvolvimento das próprias cidades em si mesmas, mas também porque estas dinamizam as respetivas áreas de influência.
As cidades médias podem ter um importante papel na redistribuição interna da população e das atividades, se oferecerem maior diversidade e quantidade de bens, criarem postos de trabalho e proporcionarem serviços qualificados em domínios como a saúde, a educação ou a formação profissional.
Os programas POLIS e PROSIURB (Programa de Consolidação do Sistema urbano Nacional e de Apoio à Execução dos Planos Diretores Municipais) apoiavam financeiramente ações que visavam a qualificação urbana e ambiental e a dinamização dos centros urbanos da rede complementar. Estas ações permitiram melhorar nalguns centros urbanos do país, ao nível dos equipamentos coletivos, das infraestruturas básicas e da reabilitação e renovação urbana
As cidades médias que se afirmam em Portugal são:
Posição internacional das duas maiores cidades portuguesas…
A abertura económica ao exterior, expressa pelo valor das exportações e das importações e do movimento nos portos e aeroportos, constitui também uma das formas de internacionalização do país e de avaliação da projeção externa das cidades. Lisboa e Porto constituem as cidades portuguesas com maior expressão internacional e assumem uma posição relevante no sistema ibérico.
Num ranking realizado anualmente, Lisboa é a única cidade portuguesa com poder de atração como cidade, ou seja, tem capacidade de atrair sedes de empresas multinacionais.
Torna-se necessário apostar na organização e no reforço de projeção económica e cultural dos 2 maiores aglomerados urbanos, mas a internacionalização das cidades passam também por um esforço de promoção/marketing urbano
A rede urbana nacional no contexto europeu
Para Portugal se prevalecer no contexto europeu terá que apostar nas grandes cidades, Enquanto que a nível nacional, terão que ser desenvolvidas cidades médias.
Vantagens da posição geográfica de Portugal
Entrada para a europa, relativamente a mercadorias que viajam por via marítima e aérea
Desvantagens da posição geográfica de Portugal
… e oportunidades para as cidades médias
As duas maiores cidades portuguesas, de dimensão pouco significativa no contexto europeu e mundial, são os grandes pólos de dinamização da cultura e da cultura e da economia nacionais. Torna-se necessário desenvolver as cidades médias: